Estado fica com apenas um terço do que arrecada

Os rendimentos dos trabalhadores brasileiros estão quase 7% menos desiguais na comparação do quarto trimestre de 2002 e o primeiro de 2008, aponta levantamento inédito do Ipea divulgado em 23/06.

O presidente do Ipea, Marcio Pochmann, informou que o levantamento mostra a queda do índice de Gini, que é o parâmetro internacional para medir a desigualdade. “O índice de Gini vai de zero a 1, quanto maior ele é, mais próximo está da desigualdade extrema”, disse. Pochmann afirmou que “até o final do mandato do presidente Lula o índice de Gini deve chegar a 0,49, o menor desde 1960”. O levantamento mostra, conforme tabela abaixo, que o Índice de Gini caiu de 0,540 em 2002 para 0,509 em 2007.

IPEA_grafico emprego

Pobres recuperam quase cinco vezes mais renda que os ricos

O Índice de Gini melhorou porque a recuperação da renda dos mais pobres é quase cinco vezes maior que a recuperação da dos mais ricos. Em outras palavras, os trabalhadores mais pobres tiveram aumentos salariais maiores de 2002 a 2008.

Participação dos salários no PIB se mantém estável

Apesar da queda no Gini dentro dos rendimentos dos ocupados, a participação da renda do trabalho no PIB está relativamente estável. O estudo revela que “ainda patinamos sobre esse problema: a necessidade de uma melhor distribuição de renda entre trabalho, capital e governo”.

Os dados completos do levantamento apresentam a renda média do trabalho atualizada até 2008, por décimos da população. Ou seja, valores de renda desde os 10% mais pobres até os 10% mais ricos. Os dados vêm das seis principais regiões metropolitanas do país. O levantamento, intitulado “A queda da desigualdade entre as pessoas ocupadas” e divulgado no Comunicado da Presidência nº 6, foi feito a partir dos microdados da PME (Pesquisa Mensal de Emprego) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Acesse aqui a íntegra do documento.

 

Fonte: IPEA