Governo federal abre rodada extra do Mais Médicos para 310 cidades

Lisandra Paraguassu/ O Estado de S. Paulo

A inscrição para médicos brasileiros se encerra na quinta-feira, 3; profissionais formados no exterior poderão se inscrever entre os dias 5 e 7

O governo federal abriu uma rodada extra nesta terça-feira, 1º, do programa Mais Médicos para 310 cidades. Entre os municípios estão 184 que ainda não haviam aderido ao programa, mas estão dentro dos critérios de vulnerabilidade social, e outros 126 que já participam, mas pediram mais profissionais e ainda têm equipes de saúde da família incompletas.

A contratação de médicos para o programa havia sido encerrada no final do ano passado, quando o governo anunciou que tinha alcançado a meta de contratar 13.235 profissionais para 4.040 municípios. Desses, 10.687 são médicos cubanos contratados por meio de convênio com a Organização Pan-Americana de Saúde. Apenas 1.433 brasileiros formados no País estão no programa. Os demais 1.115 são outros estrangeiros ou brasileiros graduados no exterior.

“Seria impossível atender o Brasil real sem a participação dos cooperados (os médicos cubanos). Isso mostra o acerto da estratégia do governo federal”, disse o ministro da Saúde, Arthur Chioro, ao defender o acordo com o governo de Cuba.

Esta nova etapa tem o prazo bastante curto. A inscrição para médicos brasileiros foi aberta nesta terça-feira, 1º, e já se encerra na próxima quinta-feira, 3. Profissionais formados no exterior terão entre os dias 5 e 7. Se as vagas não forem preenchidas, serão chamados mais profissionais cubanos.

“Precisamos fazer um rito curto para passar logo a situação de estabilidade do programa. Precisamos poder avaliar o impacto do programa e desencadear toda estratégia de tutoria e especialização para os médicos”, afirmou o ministro da Saúde, Arthur Chioro. Até junho todos os novos médicos selecionados – entre eles os novos cubanos que poderão ser chamados para preencher essas vagas – deverão estar trabalhando. A partir daí há outro problema: a lei proíbe contratações em anos eleitorais.