Cebes manifesta pesar pela morte do ex-reitor da UFRJ, Aloísio Teixeira
Cebes manifesta pesar pela morte do ex-reitor da UFRJ, Aloísio Teixeira
É com pesar que o Centro Brasileiro de Estudos em Saúde (Cebes) recebe a informação sobre a morte, aos 67 anos, do ex-reitor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Aloísio Teixeira. “Aloisio foi um importante aliado da reforma sanitária e, mais que isso, um grande colaborador. O Cebes está de luto”, afirmou a presidente da entidade, Ana Maria Costa, na tarde dessa segunda-feira (23), um dia após o falecimento.
Em nota, a presidenta Dilma Rousseff considerou-o “um brasileiro que abraçou a educação como grande instrumento de transformação da sociedade e fez do exercício de educar um compromisso de vida, como mostrou seu trabalho à frente da Universidade Federal do Rio de Janeiro”.
O corpo do ex-reitor será velado até as 18h de hoje, no átrio do Fórum de Ciência e Cultura, no Palácio Universitário do campus Praia Vermelha da Universidade (UFRJ). A cerimônia de cremação acontecerá amanhã, às 10h30, no crematório do Cemitério São Franscisco Xavier, no Caju, na Rua Monsenhor Manoel Gomes.
Leia mais sobre a trajetória de Aloísio*
Formado em 1978 pela Faculdade de Ciências Políticas e Econômicas do Rio de Janeiro, Aloísio tornou-se mestre pela UFRJ e doutor pela Universidade Estadual de Campinas. Na UFRJ, também era professor do Programa de Pós-Graduação em História das Ciências e das Técnicas e Epistemologia/HCTE.
Durante os oito anos em que esteve à frente da universidade, Aloísio dedicou-se ao fortalecimento dos órgãos colegiados da UFRJ e à universalização do acesso ao Ensino Superior. Enfrentou debates importantes, que permitiram que a universidade pudesse se engajar num substantivo Plano de Reestruturação e Expansão, baseada num Plano Diretor atualizado e modernizante.
Com formação humanista, Aloísio Teixeira afirmava que as Ciências Humanas deveriam ter centralidade no processo de reestruturação da Universidade, instituição indispensável para a construção de um projeto nacional sólido para a nação. Em sua trajetória como economista e administrador público, antes de ocupar o posto de reitor, foi diretor de planejamento da FINEP (1985 e 1986), Secretário de Preços Industriais do Conselho Interministerial de Preços no Ministério da Fazenda (1986), Superintendente da SUNAB (1986 e 1987), Secretário de Planejamento da Prefeitura do Rio de Janeiro (1987), Secretário-Geral do Ministério da Previdência e Assistência Social (1987-1988) e Diretor de Administração da Embratel (1993 a 1995).
“Aloísio nos ajudou de muitas maneiras a repensar o Brasil e a buscar caminhos para transformar o país em uma sociedade menos injusta. Imprimiu à UFRJ a marca do diálogo, da preocupação com o acesso universal ao Ensino Superior e, sobretudo, da reflexão. Foi, antes de tudo, um educador. Um educador obstinado e em tempo integral. Ficam seus exemplos, seus ensinamentos, suas convicções. Hoje, o Brasil acordou triste, a UFRJ amanheceu menor. O país perde um grande brasileiro.”, disse em nota, o atual reitor da universidade, Carlos Levi.
*Assessoria de Imprensa do Gabinete do Reitor – UFRJ
Download do arquivo “Saúde e Desenvolvimento – Aloísio Teixeira”