Alexandre Padilha é o mais cotado a assumir a pasta da Saúde

O ministro das Relações Institucionais, o médico sanitarista Alexandre Padilha, é o nome mais cotado para assumir a Saúde no futuro governo de Dilma Rousseff.

Segundo a Folha apurou, Padilha reuniu apoio político e da classe médica. Ele tem a confiança da presidente eleita, que, anteontem, se reuniu com médicos em São Paulo

O PMDB já informou Dilma que aceita abrir mão da Saúde (ocupada atualmente por José Gomes Temporão) em benefício de uma pasta com peso político importante, como o Ministério das Cidades.

Nesta semana, Dilma quer definir a situação do Banco Central, pois planeja divulgar ainda em novembro sua equipe econômica.

Ela tem conversa agendada com o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles.

Meirelles perdeu força ao divulgar que só ficaria no cargo com autonomia, o que trouxe dúvida sobre a liberdade que Dilma daria ao BC.

A terceira pasta da equipe econômica, o Ministério do Planejamento, pode ficar com Miriam Belchior, técnica petista da confiança de Lula.

O presidente tem aconselhado Dilma a montar uma equipe econômica que sinalize continuidade. Na área política, recomendou a Dilma não indicar o ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel (PT) para uma pasta no Palácio do Planalto. Avalia que ele não deve ocupar cargo no primeiro escalão.

Motivo: o fato de Pimentel ter levado para a campanha de Dilma a equipe que se envolveu no episódio da montagem de um dossiê contra aliados do candidato tucano ao Planalto, José Serra.

Como Pimentel tem serviços prestados à presidente eleita e se reúne com frequência com ela, pode ser nomeado para a presidência de uma estatal, como Furnas.

O deputado federal José Eduardo Martins Cardozo (PT-SP) deverá ser o novo ministro da Justiça. Além de formação jurídica, Cardozo tem a vivência política –fatores que a presidente eleita considera essenciais para a pasta.

Auxiliar antigo de Dilma, Giles Azevedo se consolidou como opção para a chefia de gabinete da futura presidente. No governo Lula, essa função é ocupada por Gilberto Carvalho. Na gestão Dilma, Carvalho é cotado para a Secretaria-Geral da Presidência, se ela mantiver o formato atual, ou para uma assessoria voltada aos movimentos sociais e ao relacionamento com movimentos religiosos.

A equipe de transição de Dilma está fazendo estudos sobre o que considera “zonas cinzentas” do governo. Traduzindo: funções que podem ser tiradas de um ministério e transferidas para outro.

No desenho preferido de Dilma, Antonio Palocci Filho e Paulo Bernardo serão ministros com assento no Palácio do Planalto. Principal coordenador de sua campanha e ex-ministro da Fazenda, Palocci é cotado para a Casa Civil ou uma Secretaria-Geral remodelada, que assumiria funções hoje das Relações Institucionais, como a relação com Estados, municípios e Congresso.

Fonte: Folha.com